Falavam do seu desejo
como de um leão terroso e exilado
e da bainha da voz soltava-se
o gume dos dentes cintilantes.
Tinham recordações;
estendiam-nas sobre o ventre
como na superfície de um lago,
e tomavam o sabor das mãos molhadas.
Falavam em torno de uma palavra;
arremetiam contra os espinhos
laboriosos da sua própria paixão.
Calavam-se. Morriam. Recomeçavam.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário