É meio-dia, está calor e
eu estou na rua errada.
Uma só porta chega, do frio da pedra,
do frio da sala alta.
Diz que tem janelas,
Janelas como vigias a controlar a luz,
E que no tecto não se desfez a madrugada.
Visto-me.
A minha avó vem de longe pentear-me.
Atravessaremos juntas o sol todo até à casa da minha tia,
pensa.
Mas a porta passa porque a cidade é nova e
a minha avó diz que tenho o cabelo muito empeçado,
que já não tem mais tempo.
Só uma porta.
Nenhum átrio sombrio.
A água cala-se.
22.7.05
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