A minha aldeia é igual a todas
as aldeias, isto é, nela há
um homem que um dia ao fim
de muitos anos há-de abrir
a porta e despir-se deixando
cair a roupa no cimento
da entrada e depois vai
caminhar até ao muro e chamar
a mulher que mora na casa
ao lado e naquele momento
arranca a erva do canteiro
das alfaces e dizer-lhe:
aqui me tens.
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