É de tanto espaço que não sei o que fazer.
Não pedi mas puseram-me aqui.
Deixaram-me aqui e eu podia
voar para todos os lados do granulado da terra,
fértil e húmido nas mãos.
Podia voar para dentro do poço até ao eco
até ao frio e ao escuro
até ao miado aflito do gato preso na irregularidade da pedra.
Podia abrir os olhos até ao branco da água
e respirar até ao fim da tarde –
até ao cheiro enjoativo da erva doce,
até à hora em que as cigarras se calam e os grilos retomam o silêncio.
Em vez disso, estou quieta.
30.4.09
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